Análise ao Plantel: Médios Ofensivos, Alas, Extremos

Rui Costa: O que mais se pode dizer do maestro? É um jogador de uma dimensão técnica, e inteligência doutra Liga. Apenas alguém com tamanho carinho ao Clube, voltava para o Benfica nesta altura, prescindindo de jogar no Milan. Fez uma época boa, houve jogos em que parecia o único a querer jogar à bola, e apesar de ter perdido gás no final, acabou a carreira num jogo onde demonstrou toda a sua categoria desportiva e humana. Dizem os pseudo-intelectuais que Rui Costa não corria nem era combativo, eu respondo que nunca foi. Nunca foi um jogador capaz de grande quilometragem, nem nunca foi um jogador de contacto defensivo. Mas é um lugar comum, dizer que qualquer jogador com mais de 30 anos, está a perder as suas qualidades. Sempre avaliei um jogador pelo que joga, e não pelo seu Bilhete de Identidade. Rui Costa podia ainda dar mais umas épocas ao Benfica, mas a verdade é que no contexto actual do clube, faz mais falta ao Benfica como director desportivo. Acredito que vai fazer um bom trabalho.

Rodríguez: É um excelente jogador. Forte, rápido e combativo. Alia às capacidades físicas, boas capacidades técnicas, até no jogo aéreo. Devido às suas características pode jogar em diversas posições de ataque e meio-campo. Foi dos jogadores mais importantes do Benfica este ano. Apesar de apresentar uma maturidade e adaptação assinaláveis, precisa de dominar as decisões em relação ao momento de passe e finta, perdeu-se muitas vezes em fintas desnecessárias, quando já tinha conseguido criar desequilíbrios. Precisa, como ala, de conseguir criar mais condições para tirar cruzamentos. Dito isto, espero que o Benfica possa manter este jogador, ainda que sem comete loucuras. Não me vou pronunciar sobre as declarações que terá feito recentemente sobre o F.C. Porto, por não saber da credibilidade das mesmas.

Di María: Temos aqui um jogador com capacidade para ser dos melhores do mundo. Basta que encontre no Benfica técnicos capazes de exponencializar todo o seu talento. Terá sido dos jogadores mais prejudicados pela era Camacho, uma vez que nada progrediu enquanto o treinador espanhol estava no Benfica. Foi um jogador que a titular teve algumas dificuldades em render, mas que geralmente quando entrava com a partida a decorrer conseguia regra geral, provocar desequilíbrios. Com Chalana jogou a extremo e segundo avançado. É um diamante em bruto, por isso espero sinceramente que fique no Benfica muito tempo, e que os responsáveis técnicos consigam tirar deste jogador todo o rendimento que o seu talento lhe merece.

Adu: É case study! Numa altura em que as soluções de qualidade não abundaram, o internacional americano nunca teve muitas possibilidades, nem quando Chalana assumiu o controlo da equipa. No entanto pela sua selecção ia rubricando exibições de luxo. Apesar de não ter o talento que reconheço a Di María, era pelas suas capacidades de acutilancia atacante, uma boa solução até como segundo avançado. Não creio que deva ser utilizado a ala ou extremo, porque demonstrou nos poucos jogos que lhe vi, ser um jogador com grande killer instinct, apesar de não ter a estampa física mais tradicional para avançado, pode na minha opinião vir a ser um goleador. Espero que faça parte do plantel, e que seja mais utilizado para o ano.

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