Boas entradas e bom ano 2008!

Desejo a todos os que lêem o meu blog boas entradas, e um bom ano de 2008. Espero sinceramente que seja um ano de muitos sucessos desportivos para o Benfica. Para os mais íntimos deixo um repto, para que ides treinando:

Juan Luis Guerra

Burbujas de Amor


Tengo un corazón

mutilado de esperanza y de razón.

Tengo un corazón

que madruga donde quiera.


Ese corazón

se desnuda de impaciencia ante tu voz.

Pobre corazón

que no atrapa su cordura.


Quisiera ser un pez

para tocar mi nariz en tu pecera,

y hacer burbujas de amor por donde quiera.

Oh oh oh oh, pasar la noche en vela mojado en ti.

Un pez,

para bordar de corales tu cintura,

y hacer siluetas de amor bajo la luna.

Saciar esta locura mojado en ti.


Canta corazón

con un ancla imprescindible de ilusión.

Sueña corazón

no te nubles de amargura.


Ese corazón

se desnuda de impaciencia ante tu voz.

Pobre corazón

que no atrapa su cordura.


Quisiera ser un pez

para tocar mi nariz en tu pecera,

y hacer burbujas de amor por donde quiera.

Oh oh oh oh, pasar la noche en vela mojado en ti.

Un pez,

para bordar de corales tu cintura,

y hacer siluetas de amor bajo la luna.

Saciar esta locura mojado en ti.


Una noche para hundirnos

hasta el fin.

Cara a cara, beso a beso,

y vivir

por siempre mojado en ti.


Quisiera ser un pez

para tocar mi nariz en tu pecera,

y hacer burbujas de amor por donde quiera.

Oh oh oh oh, pasar la noche en vela mojado en ti.

Un pez,

para bordar de corales tu cintura,

y hacer siluetas de amor bajo la luna.

Saciar esta locura mojado en ti.


Para tocar mi nariz en tu pecera,

y hacer burbujas de amor por donde quiera.

Oh oh oh oh, pasar la noche en vela mojado en ti.

Para bordar de corales tu cintura,

y hacer siluetas de amor bajo la luna.

Saciar esta locura mojado en ti.

Previsões do Mestre Alves

Que melhor maneira de encerrar o ano, que relembrar o ínicio do mesmo, com umas previsões do Mestre Alves. Podia ser o Gabriel Alves das bolas de Cristal, mas apesar do apelido comum, é pura coincidência... ou não:

E porque é Natal...

...e não há muito de football sobre o qual escrever, aqui está a minha prenda de Natal antecipada:

Uma Omer Cayman HF... que canhão! E acrescento um vídeo espectacular, que encontrei no youtube da prática desse desporto fantástico e único que é a caça submarina:

Kaká

E Kaká ganhou a bola de ouro a Cristiano Ronaldo. Como vaticinei, e acho de resto justíssimo. Porque Kaká joga usando o desequilíbrio individual que origina para a equipa, e não usa a equipa para criar o seu desequilíbrio. Porque sem jogar a extremo tira mais cruzamentos, e assistências que Cristiano Ronaldo. Porque resolve nos grandes palcos. Ronaldo é um estupendo jogador, mas ainda não o vi a resolver um jogo realmente grande, uma final, uma eliminatória contra um arqui-rival.

É Natal!

Apercebemo-nos que é Natal quando nos dizem que o Quaresma não vai jogar na Madeira, ou quando o Lipatin nos oferece uma prenda adiantada.

Não tenho escrito muito porque não há muito a escrever, vamo-nos contentando com as abébias que o Porto possa dar, que ameaçam (e apenas isso) que se possa ter relançado o campeonato.

Se é verdade que o Porto é mais forte que o Benfica, também é verdade que o Porto sem Quaresma não é na minha opinião mais forte do que o Benfica. Como o Milan sem Kaká já não seria a equipa extraordinária que é. Porque é assim no football, há os toscos, os apagados, os competentes, os de grande classe e os predestinados que fazem a diferença. Quaresma faz a diferença no Porto, mais que Lucho em 10 jogos em forma. Fazer a diferença é aparecer quando é preciso para desequilibrar. E desequilibrar implica que haja um equilíbrio, uma dificuldade, uma competitividade à priori. Quaresma pode passar alguns jogos apagado, aqueles que o Porto vence facilmente, mas em jogos como o da Madeira, como o de abertura em Braga, Quaresma mostra porque é o melhor jogador da superliga, e o melhor extremo do mundo. Digo-o sem complexos, e com o valor que a imparcialidade de ser Benfiquista me dá. Acrescento ainda, que a equipa que um dia conseguir juntar Quaresma e Drogba na mesma equipa, tem meio caminho andado para ter a melhor equipa do mundo.

Mas ser dependente de Quaresma, nem é grave, se os grandes jogadores existem para fazer a diferença, é apenas normal que a sua falta seja muito sentida. O que é o Milan sem Kaka? O que era o Nápoles campeão Italiano sem Maradona? Que o Benfica possa ter no futuro muitos jogadores dos quais está dependente para se galvanizar, muitos Ruis, muitos Simões!

A novela Léo

Cada vez mais concordo com José Veiga: Luís Filipe Vieira não tem a mínima sensibilidade para o football. Pode ser um grande líder empresarial, mas o centro de todas essas empresas que são hoje o univerço financeiro do Benfica, continua a ser a equipa de football, que é mal gerida.

Sempre disse que o Benfica tem este ano uma equipa com potencial, e quatro jogadores de classe, são eles Luisão, Léo, Petit e Rui Costa. A classe mede-se em toda a dimensão futebolística de um jogador, quer pelas suas capacidades técnica, táctica e física, mas também por questões mentais e de liderança, de importância na força anímica de uma equipa, e no equilíbrio do seu balneário. Qualquer um destes quatro jogadores se evidenciou pelo menos em algumas daquelas que considero serem as capacidades que fazem deles jogadores chave para o Benfica.

Léo é para mim destacadamente o melhor lateral esquerdo a jogar no nosso país, e um dos melhores da Europa. Não me lembro de alguma vez ver um jogador desta qualidade, a jogar pelo Benfica, naquela posição. Léo é um jogador internacional e experiente, e mais importante que isso é um jogador muito querido pela torcida.

Independentemente do desfecho destas pseudo-maratonas negociais, é inconcebível para mim que a renovação de Léo ainda não esteja à muito concluída. A sua possível não continuidade de águia ao peito, é mais um passo atrás na qualidade da nossa estrutura profissional de football. É provavelmente mais um longo período de tempo sem um dono legítimo para o lugar, como Léo tem sido nos últimos anos. A responsabilidade é principalmente do presidente do Benfica Luís Filipe Viera, que em vez de andar a passear na Argentina a gastar dinheiro do clube em contratações que passadas meia-época se revelam falhadas, devia renovar imediatamente com Léo custe o que custar. Digo “principalmente” porque o treinador do Benfica José António Camacho não está isento de culpas, e devia já ter demonstrado ao presidente a importância de Léo na qualidade de jogo do Benfica, e a máxima urgência que é garantir a sua continuidade ao invés de garantir reforços de qualidade duvidosa.

Tenho dito que numa equipa de football não se devem criticar resultados, mas sim as decisões que levam a determinadas consequências. E esta gestão certamente só pode trazer maus resultados. Independentemente do Benfica poder ser campeão, aqui e ali, é provavelmente devido a um conjunto de circunstâncias que não assenta numa política de football competente, mas sim em situações aleatórias e não sistematizadas, aliado ao facto de ser levado ao colo por uma massa associativa que tem uma equipa, e não por uma equipa que tem uma massa associativa. O livro de José Veiga vem portanto em muito boa hora!

Makukula

Acompanhei a segunda parte do jogo Braga – Marítimo. Gosto de seguir estas partidas onde se defrontam as equipas que imediatamente a seguir aos grandes, apresentam um football de qualidade, e até por vezes melhor que eles.

O que me chamou a atenção neste jogo, foi no entanto o segundo amarelo de Makukula. O árbitro Paulo Costa terá expulsado o jogador do Marítimo não pelo que fez ou disse, mas pelo que pensou. Isto porque em todas as repetições do lance, não se vê o possante avançado abrir a boca, nem fazer nada mais que não a prática normal do seu trabalho. É também verdade que pelo que li da primeira parte, Makukula já teria merecido a expulsão antes, no entanto isso não é razão para nada. Muito pelo contrário, se um árbitro decide mal, tem consciência disso, e envereda depois por aquilo que eu chamo “lei da compensação”, então para além de não ser competente, também não é sério.

Quando muito se fala de erros graves dos árbitros Pedro Proença, e Pedro Henriques nos clássicos, erros devido a interpretações erradas dos mesmos, a expulsão de Makukula passa em branco. O árbitro Paulo Costa não interpretou, nem viu mal a jogada, simplesmente porque não havia nada para ver, o árbitro simplesmente imaginou algo, e mostrou o segundo cartão amarelo a Makukula. Um erro grosseiro, bastante mais que qualquer decisão nos clássicos desta época. Será que a nota do árbitro Paulo Costa, também vai ser revista?

Será importante referir que o Marítimo vai agora receber o Sporting, e que Makukula não poderá alinhar. Estas coincidências serão inocentes?

Em relação ao avançado que tem sido chamado a representar a selecção nacional, é um jogador que aprecio, e parece um moço simpático e bom profissional. Gostava até de o ver a jogar no Benfica. Numa altura em que se fala de mais avançados argentinos, que poucas garantias me dão como adepto, preferia que o Presidente do Benfica olha-se mais para o mercado interno.

Alvalade em sobresalto

Os sportinguistas mais atentos devem andar mais descontentes com Soares Franco do que com Queiroz, isto porque apenas o primeiro é suposto defender o Sporting.

As trocas de galhardetes entre o presidente do clube de Alvalade, e Carlos Queiroz constituíram o maior interesse fora das quatro linhas dos últimos tempos. Após declarações normais e inocentes do Assistant Manager do Manchester United, Soares Franco respondeu, levando a discussão para um patamar despropositado. E de seguida Carlos Queiroz ainda decidiu baixar mais o nível, com afirmações que apenas por acaso podem ser relativas a football.

Carlos Queiroz afirmar que Miguel Veloso tinha qualidade para jogar no Manchester United, é a sua opinião técnica, com a qual eu concordo, e não vejo como que possa ferir susceptibilidades, a menos que a equipa da estrutura do Sporting não seja tão “grande” como Soares Franco diz, e esteja na verdade fragilizada, ou mesmo ferida de morte. Parece-me é que Soares Franco já não sabe para onde se virar, e do modo como vão as coisas, estes fogachos mais não são do que fogo de artificio para desviar as atenções dos verdadeiros problemas do Sporting.

Paulo Bento entretanto diz que “tem condições para continuar”, e quando um treinador vem a público ter de defender a sua continuidade, parece-me que já está é de malas aviadas.

Trivela

Mais uma vez o génio individual de Quaresma resolveu uma partida para o FC Porto. Não era uma partida qualquer, mas um clássico (e já não é o primeiro que resolve) que poderia relançar a discussão do campeonato, ou tirar-lhe interesse como veio a acontecer. A vitória é justa, mas o Porto não fez assim tanto mais para justificar a vitória em termos colectivos. Em termos individuais Quaresma pode andar apagado nos jogos em que o Porto ganha calmamente, mas nos momentos decisivos aparece, e resolve.

O Benfica entrou dando ideia que ia dominar o jogo, e dispôs da primeira grande oportunidade de golo, ainda o jogo ia nos 53 segundos, por Nuno Gomes, que tradicionalmente falhou. É exasperante como um jogador consegue ser tão completo em múltiplos aspectos técnicos e tácticos do jogo, e ao mesmo tempo consegue falhar na simplicidade de execução da jogada mais importante no football, que é a jogada de golo. Não tenho dúvidas em afirmar que se a modalidade não tivesse balizas Nuno Gomes era certamente dos melhores avançados do mundo, mas assim...

Após a situação isolada que foi esse primeiro lance, o Porto impôs-se em campo e ganhou pelos flancos e pela coluna central o controle do jogo em toda a primeira parte. Nos extremos o Porto com o irrequieto e irreverente Tarik, e o espectacular génio de Quaresma, ia conseguindo trazer o jogo para os flancos, e o Benfica com Luís Filipe que voltou a estar desajeitado, ia mostrando imensas fragilidades. Mas não foi só Luís Filipe a jogar mal, Rodríguez esteve irreconhecível, não conseguindo fechar o flanco às entradas de Bosingwa, sempre desatento, e nem a atacar conseguiu produzir algo digno de registo. Rodrigéz é um jogador com excelente drible, mas ao encontrar um defesa direito como Bosingwa, que é destacadamente o melhor Português na posição, tem de conseguir encontrar no jogo colectivo maneiras de conseguir participar nos lances ofensivos. Tem de aprender a largar a bola. Ao invés optou sempre pelos lances individuais, que Bosingwa facilmente resolveu, e ainda por cima ainda permitiu ao possante lateral atacar sem oposição, quando se posicionou em terrenos centrais, para desespero de Camacho que constantemente tentava dar-lhe indicações.

Se formos a analisar o miolo, existem semelhanças entre as duas equipas, Paulo Assunção joga como pivô defensivo, sem a cultura de passe de Petit é certo, mas sempre muito eficaz. Há Lucho, que é um organizador, com maior capacidade defensiva que Rui Costa, mas sem a sua classe na distribuição e leitura de jogo. Onde existiu um grande desequilíbrio foi no chamado médio de transição, porque o FC Porto tem um, e o Benfica não (pelo menos em campo). Raul Meireles é um médio, capaz de defender, atacar, passar, transportar a bola e estar sempre disponível para receber a bola e criar espaços. Não é um virtuoso, não se espera dele uma jogada fenomenal que possa desiquilibrar, mas estando sempre disponível para atacar e desmarcar-se, abre linhas e espaços para que jogadores como Quaresma possam brilhar, além disso é um excelente atirador de longa distância. Nem sequer esteve em particular destaque nesta partida, mas por oposição a Katsouranis é uma “loiça” completamente diferente. O Grego é muito bom no desarme, mas a largura do seu jogo é ridiculamente pequena a comparar com a do médio do Porto. Disfarça pelas situações de concretização que cria quando aparece em bolas paradas, e em situações pontuais de ataque, porque tem sentido posicional para aparecer sempre que sai da sua minúscula área de influência. Fora situações particulares em que até consegue marcar golos, e fazer desarmes bonitos para o público, está sempre “fora de jogo”. É comum vermo-lo a apontar para colegas seus, quando se encontra marcado, a tentar mostrar ao portador da bola soluções de passe. Pior do que isso, e isto não deverá ser culpa sua, tacticamente colocou-se em linha com Petit, e acabou por lhe roubar protagonismo de jogo defensivo. Katsouranis faz-me lembrar Paulo Almeida, com melhores argumentos é certo. É um jogador que pode ser útil pela sua polivalência, ou até para ser usado num meio campo mais defensivo para um jogo em que o Benfica jogue contra uma equipa com muita posse de bola, mas quanto a mim não tem lugar neste Benfica. E onde estava Katsouranis no lance do golo de Quaresma, quando devia compensar a subida de Léo?

Na segunda parte, ou Jesualdo Ferreira achou que tinha a vitória assegurada e tirou os seus jogadores mais irrequietos para os poupar para a importante recepção ao Besiktas, ou mais uma vez deu tiros nos pés nas substituições. Quaresma é aquele jogador que quanto a mim tem sempre de jogar, só não deve jogar quando o seu génio já não fizer falta, para ser poupado para outros jogos que ainda não estão ganhos. E Tarik é um jogador de qualidade rápido e irrequieto, que até ali andava a fazer o que queria de Luís Filipe. Diz-se que estavam os dois tocados, não sei se é verdade, mas pareceu-me um risco grande para Jesualdo abdicar dos seus jogadores mais perigosos no ataque. Por fim saiu Raul Meireles, substituição que eu antecipei, mas também não percebi. A verdade é que a mobilidade do Porto na segunda parte foi perdendo gás com as substituições, e a equipa viu-se dependente da capacidade de Lucho e Postiga em reter a bola. O Benfica subiu e podia mesmo ter marcado num lance fortuito. À posteriori funcionou, o Porto ganhou o jogo, e acabou-o dando descanso a algumas pedras importantes que serão titulares na próxima 4ª feira.

Foi uma vitória justa, e inequívoca diga-se, no entanto não me posso abster de comentar a arbitragem de Jorge Sousa. O Benfica não se pode queixar que perdeu por causa do árbitro, mas a arbitragem foi má. O principal prejudicado disto também não foi o Porto, mas o espectáculo e os adeptos que se deslocaram ao estádio para ver o jogo. Um Penalty não assinalado para cada um dos lados, mas o pior foi aquela arbitragem com critérios habilidosos, de beneficiar sempre o defensor, e tentar afastar ao máximo as decisões das áreas e zonas de finalização, apitando tudo o que podia no meio-campo. Os jogadores de ambas as equipas aperceberam-se disto na primeira parte, e começaram a usar da falta para defender. Não se viram amarelos por excesso de faltas, e o jogo teve muito pouco tempo útil. Este seria sempre um jogo sem Penaltys, ali na área valeria tudo, até tirar olhos. A sorte do árbitro foi que os jogadores se portaram muito bem, de outra forma teríamos um rol de casos para analisar durante a semana. Terá sido um frete para Jorge Sousa o golo do Porto, porque ele estava ali a apitar para o empate sem golos.

Convém também lembrar que este árbitro não tem muita experiência em grandes palcos, arbitrou já três jogos do Benfica esta época, que resultaram na derrota no clássico e mais dois empates. E por fim o árbitro Jorge Sousa, é da AF Porto, sendo a primeira vez que me lembro de um árbitro desta AF apitar um clássico do Porto. E ainda que um árbitro do Porto não me mereça pior credibilidade por vir donde vem, este árbitro em particular foi indiciado em duas situações do processo apito dourado, nos jogos Estoril – U. da Madeira, e Marco – Maia.