E o Setúbal venceu merecidamente a taça da Liga. Podia até ter beneficiado de uma grande penalidade e da expulsão de Tonel, num lance que o árbitro Pedro Proença ajuizou mal.
Por diversas vezes tenho dito que aprecio o treinador Paulo Bento, e o trabalho que tem desenvolvido no Sporting. É minha opinião que um treinador também se forma. Mas além do mérito inquestionável desta muito bem orientada equipa de Carlos Carvalhal, foi um jogo onde Paulo Bento tem a responsabilidade de não ter arriscado mais antes das grandes penalidades. É que Paulo Bento conhecendo a sua equipa bem, deve saber o que é do conhecimento geral, é que a equipa se dá muito mal com a marcação das grandes penalidades. Falhou na iniciativa e falhou na escolha do onze titular, ainda que possa ser discutível. Tendo mais opções que nos últimos tempos, não percebo como Romagnoli tem lugar no Sporting com Adrien e Pereirinha no Banco, e com Yannick Djaló recuperado da lesão. Romagnoli é o mais inconsequente jogador a actuar nos três grandes. Não há jogador que tenha tanta bola e jogo como Romagnoli e que como ele consiga sempre definir em insucesso as suas jogadas. Já Moutinho continua a surpreender-me, até naquilo que se apontava como uma insuficiência, a finalização em meia distância, tem vindo a mostrar que é um grande jogador, e como diz Simões: “um jogador com este rendimento, tem de treinar bem, descansar bem, e comer bem”.
De relevo ainda a ausência de Madaíl na final, mostrando que só está disponível para a mediocridade. Esta taça da Liga foi uma surpresa pela positiva. A conferência de imprensa conjunta entre os treinadores e os capitães das duas equipas é uma novidade agradável, de potencialização do football, num panorama nacional cinzento e sem ideias. Hermínio Loureiro mostra trabalho e capacidades. Só destaco pela negativa os regulamentos de utilização de jogadores nos jogos da Taça da Liga.
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