O estilo dos responsáveis e comentadores do Sporting continua igual a si próprio, constantes queixinhas do árbitro, e reivindicações sobre situações de lances de erros realmente grosseiros misturados com lances legais e que expõem os comentadores ao ridículo.
Admito que o Sporting em balanço dos erros de arbitragem do derby do Eng. Paulo Paraty, terá sido prejudicado, mas os responsáveis e comentadores não têm necessidade de extrapolar para o ridículo. Veio novamente à discussão a arbitragem de Pedro Henriques na Luz, onde se chega a dizer que ficaram duas grandes penalidades por assinalar, uma que existiu mesmo (em oposição à que ficou por marcar sobre Adu), e outra que não existindo o árbitro tinha a obrigação de assinalar porque não pode ignorar a indicação do árbitro auxiliar.
Em relação aos casos de arbitragem, a situação mais óbvia, e que foi realmente um erro grosseiro do árbitro, diz respeito à grande penalidade que ficou por assinalar de Léo sobre Vukcevic, no entanto garantem-me pessoas da minha confiança que terá havido falta sobre Léo no inicio da jogada, que as repetições a que tive acesso não mostram.
No capítulo disciplinar, também houve erros, se o critério do árbitro dita a expulsão de Nélson, na minha opinião aceitável, mas por uma entrada sem consequências graves no contacto com o adversário, mas mais pelo aparato e irresponsabilidade do lateral Benfiquista na forma como se faz ao lance, tem também de expulsar Tonel pela entrada que sem aparato visual, resulta no contacto maldoso da bota do jogador com o joelho de Cardozo, e que essa sim pode ter consequências físicas. Devia também ter exibido o vermelho a Katsouranis por uma entrada que ainda que não seja muito perigosa, é anti-desportiva, e não tem como objectivo nem que remotamente, jogar a bola. A expulsão de Cardozo devia também ter acontecido, ainda que se perceba que o árbitro numa situação daquelas fora do contexto do jogo, possa não ter visto.
Em relação aos lances que o árbitro ajuizou bem, os comentadores dizem que o canto que precedeu o golo do Paraguaio não existiu, nem a falta precedente. Em relação ao canto, nas inúmeras repetições que vi, não é claro em qual jogador a bola tocou antes de sair. Os comentadores Sportinguistas juram no entanto que foi Katsouranis o último a tocar na bola. Uma coisa é certa, estava um jogador do Benfica no lance, e dois do Sporting. Já a falta sobre Di Maria é óbvia e existe, e relembro que para existir falta não é necessário que o jogador caia, ou perca a posse de bola. Houve realmente um contacto do jogador sportinguista na perna de Di Maria que não o atirou ao chão mas prejudicou o suficiente para o jogador pisar a bola, e não conseguir sair a jogar.
Existe uma queda na área de Purovic, que a ser falta, só mesmo falta de jeito do avançado Sportinguista, que se encosta para trás para ganhar posição, até empurrar o seu marcador e depois cai sobre o mesmo, correndo de seguida para o árbitro com modos muito pouco apropriados. É um infant terrible este Purovic, faz lembrar o Edmundo, só lhe falta mesmo é saber jogar à bola para serem iguais. Vi à pouco tempo uma entrevista em que diz “os árbitros irritam-me”. Não sei se existem mais pessoas, entre os adeptos do Sporting, que como ele estão irritadas com os árbitros, do que as que estão irritadas com a falta de talento para jogar à bola do avançado.
Por fim o lance da suposta grande penalidade por mão na bola de Miguel Veloso é sem dúvida um lance casual, e esteve bem o árbitro ao não assinalar. O curioso neste lance é a semelhança com o lance da primeira volta, onde o árbitro Pedro Henriques foi criticado por não assinalar a mão de Katsouranis. Lances parecidos, com a diferença que o jogador Grego tinha a mão junto ao tronco numa posição irrelevante para o decorrer do lance, ao contrário do jogador Sportinguista.
Mas de acordo com muitos Sportinguistas, não fossem os erros de arbitragem e os mesmos não estariam em quinto lugar. Pergunto-me então qual a razão de tanta insatisfação dos adeptos com o football do Sporting?
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