A novela Léo

Cada vez mais concordo com José Veiga: Luís Filipe Vieira não tem a mínima sensibilidade para o football. Pode ser um grande líder empresarial, mas o centro de todas essas empresas que são hoje o univerço financeiro do Benfica, continua a ser a equipa de football, que é mal gerida.

Sempre disse que o Benfica tem este ano uma equipa com potencial, e quatro jogadores de classe, são eles Luisão, Léo, Petit e Rui Costa. A classe mede-se em toda a dimensão futebolística de um jogador, quer pelas suas capacidades técnica, táctica e física, mas também por questões mentais e de liderança, de importância na força anímica de uma equipa, e no equilíbrio do seu balneário. Qualquer um destes quatro jogadores se evidenciou pelo menos em algumas daquelas que considero serem as capacidades que fazem deles jogadores chave para o Benfica.

Léo é para mim destacadamente o melhor lateral esquerdo a jogar no nosso país, e um dos melhores da Europa. Não me lembro de alguma vez ver um jogador desta qualidade, a jogar pelo Benfica, naquela posição. Léo é um jogador internacional e experiente, e mais importante que isso é um jogador muito querido pela torcida.

Independentemente do desfecho destas pseudo-maratonas negociais, é inconcebível para mim que a renovação de Léo ainda não esteja à muito concluída. A sua possível não continuidade de águia ao peito, é mais um passo atrás na qualidade da nossa estrutura profissional de football. É provavelmente mais um longo período de tempo sem um dono legítimo para o lugar, como Léo tem sido nos últimos anos. A responsabilidade é principalmente do presidente do Benfica Luís Filipe Viera, que em vez de andar a passear na Argentina a gastar dinheiro do clube em contratações que passadas meia-época se revelam falhadas, devia renovar imediatamente com Léo custe o que custar. Digo “principalmente” porque o treinador do Benfica José António Camacho não está isento de culpas, e devia já ter demonstrado ao presidente a importância de Léo na qualidade de jogo do Benfica, e a máxima urgência que é garantir a sua continuidade ao invés de garantir reforços de qualidade duvidosa.

Tenho dito que numa equipa de football não se devem criticar resultados, mas sim as decisões que levam a determinadas consequências. E esta gestão certamente só pode trazer maus resultados. Independentemente do Benfica poder ser campeão, aqui e ali, é provavelmente devido a um conjunto de circunstâncias que não assenta numa política de football competente, mas sim em situações aleatórias e não sistematizadas, aliado ao facto de ser levado ao colo por uma massa associativa que tem uma equipa, e não por uma equipa que tem uma massa associativa. O livro de José Veiga vem portanto em muito boa hora!

4 comentários:

Anónimo disse...

O mal disto tudo é que, como belo tuga que é, LFV não dá o braço a torcer e não é capaz de recuar um passo apra avançar 2....

Ele não pode estar à frente de tudo...é humanamente impossível fazer isso com sucesso!!!

Se tem um homem forte para as finanças, um para a àrea jurídica, etc...porque não para o futebol?!?!?

Falta-nos um veiga/reinaldo que se mexa bem no meio e seja eficiente....enfim...falta um gestor para o futebol!!

Saudações Benfiquistas!!
Nuno

Anónimo disse...

Universo e não UniverÇo

Anónimo disse...

Desiludido com isto do blogger.

Escrevi um texto enorme quase do tamanho da mensagem do césar e não apareceu aqui.

Isto deve ter um limite de caracteres que poderá vir num comentário.

Enfim...

Fica para a próxima.

César disse...

Estive a indagar, e não tenho nenhuma opção para o número de caracteres máximo de comentários. Posso apenas especular que é um limite fixo, do próprio blogger.