Os atletas Portugueses

A selecção nacional de football claudica mas as ultimas semanas têm sido de bons resultados e promoção do desporto nacional.

A selecção de Rugby continua a treinar para dignificar o país, e já jogaram com a mais forte selecção do mundo, a Nova Zelândia. Também no jogo contra a Escócia, a selecção demonstrou em campo que é possível sair derrotado mas de cabeça erguida, e não foi surpresa que o capitão Vasco Uva tivesse sido eleito o homem do jogo. No Basketball a selecção nacional conseguiu também deixar uma boa imagem depois de eliminados frente à forte equipa grega. Mas é com particular orgulho Benfiquista que falo de Nelson Évora e Vanessa Fernandes, campeões mundiais de triplo salto e triatlo respectivamente.

Na sequência das imagens que correram o país, em que os Lobos cantavam orgulhosa e efusivamente o hino nacional, e depois da chamada à selecção de Pepe, originou-se uma discussão sobre os critérios de que levam a atletas que recentemente obtiveram nacionalidade portuguesa, mas que nascidos noutro país, possam representar a selecção nacional.

Temos de ter bem presente que a obtenção da cidadania portuguesa, obedece a determinados critérios, e por muito que nos custe termos o hino nacional a ser cantado em sotaque brasileiro, estes indivíduos obtiveram a nacionalidade portuguesa obedecendo a esses mesmo critérios. A partir do momento em que têm nacionalidade Portuguesa, a FIFA estabelece que os mesmos podem ser chamados a representar a respectiva selecção, desde que nunca tenham representado uma anterior. A regra faz de resto, para mim, todo o sentido. Não me parece correcto que um atleta ao mudar de nacionalidade pudesse mudar de selecção. Assim sendo e para o caso dos recém nacionalizados, não podem ter menos direitos e deveres como Portugueses do que todos nós. Pensar de outra maneira é admitir estados de espírito sociais semelhantes à xenofobia e racismo, e de marginalização social.

Mais importante que tudo é que o caso Português é particular. Somos um país pequeno, uma estreita faixa de terra da Europa, à beira mar, mas somos também um país de história e de impérios, de colónias, sangue africano e americano. Porque os homens que fizeram história no nosso país expandiram as fronteiras do mesmo além dos oceanos, espalhamos a nossa cultura um pouco por todo o mundo. Existe sangue português um pouco por todo o mundo, e existe também em nós sangue africano e sul-americano. O Português é oficialmente a quinta língua mais falada do mundo, à frente de francês, alemão e japonês nomeadamente. O Português é falado como língua oficial nos seguintes: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor Leste e ainda na região administrativa especial de Macau.

Os laços com algumas destas colónias são tão fortes que é comum e usual para quem vai às cidades africanas da lusofonia, ver camisolas e bandeiras dos três grandes. E a rivalidade clubística está representada em cada casa e café, como se de Portugueses se tratassem. Jogadores que são símbolos das nossas selecções como Eusébio, Coluna, mas também Nani, e atletas como Nélson Évora e Francis Obikwelu não foram nascidos em Portugal. Não me parece correcto e tendo em conta a nossa herança história que se possa não perceber o caso especial que os atletas nascidos no mundo da lusofonia representam. E não me parece que o caso de um luso-brasileiro possa ser vítima de preconceito.

Na minha opinião serão sempre bem vindos às selecções, e como atletas a representarem o nosso país todos aqueles que, de nacionalidade portuguesa, vierem por bem, com dignidade e vontade de vencer. Os jogadores luso-africanos, e luso-brasileiros que representam o nosso país, são também uma parte da nossa herança histórica e cultural.

1 comentário:

Anónimo disse...

"...O Português é oficialmente a quinta língua mais falada do mundo, à frente de francês, alemão e japonês nomeadamente..."

Mentira, a língua brasileira de 190 milhões de pessoas é a sexta língua mais falada do mundo, o tal "português" cujo número de falantes não atinge sequer os 20 milhões está entre a posição 79 ou 83 da tabela de línguas mais faladas.

Quanto aos brasileiros mercenários que vendem sua nacionalidade aos portugas por um punhado de euros, esses vermes não representam nada pra nós, um imbecil como o Deco não serve nem pra sentar no banco de reservas da seleção brasileira. Façam bom proveito dessa corja e por favor pare de se referir a esses vermes como brasileiros, eles não passam de portugas.